sexta-feira, 22 de dezembro de 2006

CANÇÃO (Cecília Meireles)





Pus o meu sonho num navio

e o navio em cima do mar;

- depois, abri o mar com as mãos,

para o meu sonho naufragar



Minhas mãos ainda estão molhadas

do azul das ondas entreabertas,

e a cor que escorre de meus dedos

colore as areias desertas.



O vento vem vindo de longe,

a noite se curva de frio;

debaixo da água vai morrendo

meu sonho, dentro de um navio...



Chorarei quanto for preciso,

para fazer com que o mar cresça,

e o meu navio chegue ao fundo

e o meu sonho desapareça.



Depois, tudo estará perfeito;

praia lisa, águas ordenadas,

meus olhos secos como pedras

e as minhas duas mãos quebradas.



Cecília Meireles

POR QUE ME DÓI A ALMA, MAIS QUE O DENTE?!




Por que me dói a alma, mais que o dente?!

Quem dera existisse solução para esta dor latente,

Que não me fosse a extração somente!


Minha alma fica mais banguela a cada dia...

Sem ter a tua companhia,

Não a quero de corpo, tão somente,

Mas também de alma e mente.


Tua ausência, quando presente,

Leva-me o sorriso, deixa-me o pranto,

Por ver aos poucos dissolver-se o encanto,

Que a tão pouco, me causava espanto.


Passa-me agora a anestesia do dentista...

Por que então, me dói mais a alma que o dente?!


(Ana Carolina A. Lazarini)

quarta-feira, 20 de dezembro de 2006

Faltam apenas 11 dias!!!




terça-feira, 19 de dezembro de 2006

Algumas coisas nunca mudam... outras...

No dia 12 de Outubro, quando fui escalada para trabalhar em um evento (JOES - Jogos Escolares 2006/Santos), na equipe de enfermagem, no Parque Rebouças, tive uma grata surpresa!!!Revi o parque e os brinquedos que alegraram minha infância (em pleno dia das crianças)!!! Isso mesmo!!! Após 20 anos, ou mais, ví novamente os brinquedos que mais me alegraram na infância...



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Lembrei-me das manhãs e tardes que passava brincando de escorregar neste foguete... e como meu irmão tinha medo de ir até o 3º andar (que hoje já nem existe mais)... Se tiver oportunidade depois vou escaniar uma foto minha de infância neste parquinho, só pra vcs verem como não mudou nada!!!







Sentia-me a vedadeira princesa neste castelo...


Vi tb um labirinto em que brincava. Certa vez, não consegui achar a saída e comecei a chorar... prontamente, meu pai que estava do lado de fora foi me buscar... Hoje entendo como ele conseguiu me achar tão rápido!!! o muro do labirinto deve ter 1 metro de altura... enquanto para mim eram paredes enormes, ele do lado de fora sabia exatamente onde eu estava e acompanhava atentamente meus movimentos!!!



Foi então que comecei a pensar... Primeiramente em como as coisas pareciam maiores quando eramos pequenos!!! por exemplo a roda gigante parecia realmente gigante... hoje, seu tamanho não nos causa mais o mesmo frio na barriga! E em segundo lugar, imaginei o cuidado que meu pai tinha em me olhar dentro do labirinto e sua disponibilidade em me ajudar quando estava perdida... lembrei-me então de DEUS!!!



Quantas vezes nos enfimos em enormes labirintos... lugares de solidão e medo... ou situações das quais não vemos saída!!! Perguntamos em nosso interior: Onde está Deus?! Todo o tempo Ele está nos acompanhando com seus olhos atentos, pronto a ajudar-nos quando pedimos sua ajuda... Mas de nada adiantaria ter pedido a ajuda de meu pai e continuar correndo no labirinto!!!

Vc já parou pra pensar que, se pediu ajuda à Deus, Ele está disposto a ajudar, mas vc não parou para ouvir as Sua direção e por isso continua correndo perdido neste labirinto!!!

Pense nisso!

E lembre-se que os gigantes do passado não são mais tão grandes e assustadores quando amadurecemos pessoalmente e espiritualmente!

UMA EXCELENTE SEMANA!!!

segunda-feira, 29 de maio de 2006

Último dia!

Naquela manhã, sentiu vontade de dormir um pouco mais. Estava cansado,
tinha deitado muito tarde e não havia dormido bem. Mas logo abandonou a
idéia de ficar um pouco mais na cama, e levantou-se, pensando nas muitas
coisas que precisava fazer na empresa.

Lavou o rosto e fez a barba correndo, automaticamente. Não prestou
atenção no rosto cansado e nem nas olheiras escuras, resultado de noites
maldormidas.

Engoliu o café e saiu resmungando baixinho um "bom dia", sem muita
convicção. Desprezou os lábios da esposa, que se ofereciam para um beijo
de despedida. Não entendia porque ela se queixava tanto da ausência dele
e vivia pedindo mais tempo para ficarem juntos.

Ele estava conseguindo manter o elevado padrão de vida da família, não
estava? Isso não bastava?

Entrou no carro e saiu. Pegou o telefone celular e ligou para sua filha. Sorriu
quando soube que o netinho havia dado os primeiros passos. Ficou sério
quando a filha lembrou-o de que há tempos ele não aparecia para ver o
neto e o convidou para almoçar.

Ele relutou bastante: sabia que iria gostar muito de estar com o neto. Mas
não podia, naquele dia, sair da empresa. Quem sabe no próximo final de
semana?

Chegou à empresa e mal cumprimentou as pessoas. A agenda estava lotada,
e era muito importante começar logo a atender seus compromissos, pois
tinha plena convicção de que pessoas de valor não desperdiçam seu tempo
com conversa fiada.

Na hora do almoço, pediu à secretária para trazer um sanduíche e um
refrigerante diet. O colesterol estava alto, precisava fazer um check-up,
mas isso ficaria para o mês seguinte. Começou a comer enquanto lia alguns
papéis que usaria na reunião da tarde. Nem observou que tipo de lanche
estava mastigando.

Enquanto relacionava os telefonemas que deveria dar, sentiu um pouco de
tontura, a vista embaçou. Lembrou-se do médico advertindo-o, alguns dias
antes, quando tivera os mesmos sintomas, de que estava na hora de fazer
um check-up.

Mas ele logo concluiu que era um mal estar passageiro, que seria resolvido
com um café forte, sem açúcar. Terminado o "almoço", escovou os dentes
e voltou ao trabalho. "a vida continua", pensou.

Saiu para uma reunião já meio atrasado. Não esperou o elevador. Desceu
as escadas pulando os degraus de dois em dois. Entrou no carro, deu a
partida e, quando ia engatar a marcha, sentiu de novo o mal estar e agora
com uma dor forte no peito.

O ar começou a faltar... A dor foi aumentando... O carro desapareceu...
Os outros carros também... Os pilares, as paredes, a porta, a claridade da
rua, as luzes do teto, tudo foi sumindo diante de seus olhos, ao mesmo
tempo que surgiam cenas de um filme que ele conhecia bem.

A esposa, o netinho, a filha e, uma após outra, todas as pessoas de que
mais gostava. Por que mesmo não tinha ido almoçar com a filha e o neto?
O que a esposa tinha dito à porta de casa quando ele estava saindo, hoje
de manhã?

A dor no peito persistia, mas agora outra dor começava a perturbá-lo:
a do arrependimento. Ele não conseguia distinguir qual era a mais forte: a
da coronária entupida ou a de sua alma rasgando.

Escutou o barulho de alguma coisa quebrando dentro de seu coração, e de
seus olhos escorreram lágrimas silenciosas... Queria viver, queria ter mais
uma chance, queria voltar para casa e beijar a esposa, abraçar a filha,
brincar com o neto...

Queria... Queria... Mas não havia mais tempo.


"Aquele era seu último dia de vida, mas ele ainda não sabia disso."


(Para aqueles que tiveram contato com o Dr. Bráulio, que nos foi levado de forma tão inesperada, ontem 28/05/06... assim é a vida, imprevisível e inesperada e imutável em muitas de suas leis! A morte é uma delas!)

quarta-feira, 26 de abril de 2006

Pessoas são Presentes!!!





Vamos falar de gente, de pessoas.
Existe, acaso, algo mais espetacular do que gente?
Pessoas são um presente.
Algumas vêm em embrulhos bonitos, como os presentes de Natal, Páscoa ou festa de aniversário.
Outras vêm em embalagem comum.E há as que ficaram machucadas no correio...
De vez em quando chega uma registrada.
São os presentes valiosos.
Algumas trazem invólucros fáceis. De outras, é dificílimo, quase impossível tirar a embalagem.
É fita durex que não acaba mais...
Mas... A embalagem não é o presente.
E tantas pessoas se enganam, confundindo a embalagem com o presente.
Por que será que alguns presentes são tão complicados para a gente abrir?
Talvez porque dentro da bonita embalagem haja muito pouco valor e bastante vazio, bastante solidão.
A decepção seria grande.

Também você, amigo.
Também eu, sou um presente para os outros.
Você para mim.
Eu para você.
Quando existe o verdadeiro encontro com alguém, no diálogo, na abertura, na fraternidade, deixamos de ser tão somente embalagens e passamos à categoria de reais presentes.
Nos verdadeiros encontros de fraternidade acontece alguma coisa comovente e essencial: mutuamente nós vamos desembrulhando, desempacotando, revelando...
Você já experimentou essa imensa alegria da vida? A alegria profunda que nasce do fundo da alma, quando duas pessoas se encontram, virando presente uma para a outra?
Espero que você também esteja lutando pra se tornar presente aos irmãos de estrada e não apenas embalagem...
A verdadeira alegria que a gente sente e não consegue descrever, só nasce no verdadeiro encontro com alguém!

quinta-feira, 20 de abril de 2006

O motivo pra existir!


EU com JESUS CRISTO



Eu, peregrino. Ele o caminho.

Eu, a pergunta. Ele a resposta.
Eu, a sede. Ele a fonte.
Eu, tão fraco. Ele a força.
Eu sem Ele, as trevas. Ele a luz.

Eu, o pecado. Ele o perdão.

Eu, a luta. Ele a vitória.

Eu, o inverno. Ele o sol.

Eu, doente. Ele o milagre.

Eu, o grão de trigo. Ele o pão.

Eu, a procura. Ele, o encontro.

Meu passado e meu presente: em suas mãos.

Meu futuro: segundo a Sua direção.
" Procurem a ajuda de Deus enquanto podem achá-lo; Orem ao SENHOR enquanto Ele está perto. Que as pessoas perversas mudem a sua maneira de viver e abandonem os seus maus pensamentos! Voltem-se para o SENHOR, nosso Deus, pois Ele tem compaixão e perdoa completamente.
O SENHOR Deus diz: "Os meus pensamentos não são como os seus pensamentos, e Eu não ajo como vocês. Assim como o céu está muito acima da terra, assim os meus pensamentos e as minhas ações estão muito acima dos seus. A chuva e a neve caem do céu e não voltam até que tenham regado a terra, fazendo as plantas brotarem, crescerem e produzirem sementes para serem plantadas e darem alimento para as pessoas. Assim também a ordem que Eu dou não volta sem ter feito o que eu quero; ela cumpre tudo o que Eu mando." (Isaías 55 : 6 - 11) "Se hoje ouvires a voz de Deus, não endureçais o vosso coração" (Salmos 95: 7b-8a)

Estão privatizando o País... Só tá faltando o Hino!!!

Frente a tantos abusos e absurdos que estão acontecendo em nosso país, imaginemos, por um instante, como ficaria o Hino Nacional se fosse privatizado: http://orkutando.net/messages/karaoke/02.php (se quiser cantar junto.... é só acessar o link.)


quarta-feira, 29 de março de 2006

Mais uma Formatura...



Sou professora desde os meus 17 anos... isso mesmo, antes mesmo de eu ter idade para lecionar eu me formei no magistério... Lecionei durante 5 anos para crianças, mas escolhi a Enfermagem como faculdade.
Isso não que dizer que desisti de lecionar, pelo contrário, a arte de ensinar está nas veias, meio que como herança genética... Meu avô lecionou... minha mãe lecionou e meu irmão mais velho também...
Por isso, depois que acabei a faculdade, fui ensinar "GENTE A CUIDADR DE GENTE". Sinceramente, amo dar aulas, me sinto realizada ao fazê-lo... já formei muitas turmas de enfermagem e daqui a duas semanas, mais uma turma estará se formando.
Cada vez que uma turma minha se forma, paro e reflito sobre o que fiz, o quanto influenciei aqueles futuros profissionais e se a minha influencia sobre eles foi positiva ou negativa. Sempre que ensino, busco mostrar que a Enfermagem não se trata de mais uma opção profissional, mas também está muito relacionado com vocação, afinal, se hoje existem tantos profissionais descontentes, emburrados, carrancudos, mal educados, desumanos... na área da saúde, é porque muitos deles estão no lugar errado ou por opção errada!
Creio que pela primeira vez nesses anos em que formei novos profissionais não irei participar ativamente da festa de colação de grau (afinal, não faço mais parte da coordenação do curso). Nas colações passadas, geralmente utilizo este momento tão importante para passar uma mensagem de esperança, otimismo e principalmente de responsabilidade para os meus alunos!
Muitas profissões são importantes e esta, com certeza, está neste roll! Quem nunca teve contato com um profissional de enfermagem? Tenha sido um contato que lhe deixou lembranças positivas ou negativas, em algum momento ele existiu.
Mas de todos os momentos de uma colação de grau, o mais emocionante para mim é o momento do juramento! É algo que guardarei em minha memória e espero que meus alunos, assim o façam também, pois se todos os profissionais que já se formaram se lembrassem das palavras que disseram naquele dia, hoje teriamos uma realidade profissional muito diferente!
O juramento da Enfermagem diz assim:

"SOLENEMENTE, NA PRESENÇA DE DEUS E DESTA ASSEMBLÉIA, JURO: DEDICAR MINHA VIDA PROFISSIONAL A SERVIÇO DA HUMANIDADE, RESPEITANDO A DIGNIDADE E OS DIREITOS DA PESSOA HUMANA, EXERCENDO A ENFERMAGEM COM CONSCIÊNCIA E FIDELIDADE; GUARDAR OS SEGREDOS QUE ME FOREM CONFIADOS; RESPEITAR O SER HUMANO DESDE A CONCEPÇÃO ATÉ DEPOIS DA MORTE; NÃO PRATICAR ATOS QUE COLOQUEM EM RISCO A INTEGRIDADE FÍSICA OU PSÍQUICA DO SER HUMANO; ATUAR JUNTO À EQUIPE DE SAÚDE PARA O ALCANCE DA MELHORIA DO NÍVEL DE VIDA DA POPULAÇÃO; MANTER ELEVADOS OS IDEAIS DE MINHA PROFISSÃO, OBEDECENDO OS PRECEITOS DA ÉTICA, DA LEGALIDADE E DA MORAL, HONRANDO SEU PRESTÍGIO E SUAS TRADIÇÕES".

E você, já fez algum juramento? Sua conduta profissional tem sido adequada com o que você prometeu naquele dia?... Essa á só pra pensar...

Ligações do Telemarketing... que pé no $ @ # *...

Não me considero uma pessoa vingativa, mas quando recebi este e-mail, achei MMMuuuiiitttooo interessante dar o troco de vez em quando, afinal poucas coisas são piores do que aquelas ligações incomodas de alguém tentando nos vender alguma coisa!!! Pois bem, leia e se também se interessar, passe a diante... (perdoe-me caso você seja um dos funcionários de Telemarketing que realiza estas ligações, mas venhamos e convenhamos... é muito chato!!!)



Toca o telefone...

- Alô.

- Alô, poderia falar com o responsável pela linha?

- Pois não, pode ser comigo mesmo.

- Quem fala, por favor?

- Edson.

- Sr. Edson, aqui é da TELEFONICA, estamos ligando para oferecer a promoção TELEFONICA linha adicional, onde o Sr. tem direito...

- Desculpe - interromper, mas quem está falando?

- Aqui é Rosicleide Cristina, da TELEFONICA, e estamos ligando...

- Rosicleide, me desculpe, mas para nossa segurança, gostaria de conferir alguns dados antes de continuar a conversa, pode ser?

- ... bem, pode.

- De que telefone você fala? meu bina não identificou.

- 103

- Você trabalha em que área, na TELEFONICA?

- Telemarketing Pró Ativo.

- Você tem número de matrícula na TELEFONICA?

- Senhor, desculpe, mas não creio que essa informação seja necessária.

- Então terei que desligar, pois não posso ter segurança que falo com uma funcionária da TELEFONICA.

- Mas posso garantir...

- Além do mais, sempre sou obrigado a fornecer meus dados a uma legião de atendentes sempre que tento falar com a TELEFONICA.

- Ok.... Minha matrícula é 34591212

- Só um momento enquanto verifico.

(Dois minutos)

- Só mais um momento.

(Cinco minutos)

- Senhor?

- Só mais um momento, por favor, nossos sistemas estão lentos hoje.

- Mas senhor...

- Pronto, Rosicleide, obrigado por haver aguardado. Qual o assunto?

- Aqui é da TELEFONICA, estamos ligando para oferecer a promoção linha adicional, onde o Sr. tem direito a uma linha adicional. O senhor está interessado, Sr. Edson?

- Rosicleide, vou ter que transferir você para a minha esposa, por que é ela que decide sobre alteração e aquisição de planos de telefones. Por favor, não desligue, pois essa ligação é muito importante para mim.

Coloco o telefone em frente ao aparelho de som, deixo a música Festa no Apê do Latino tocando no Repeat (eu sabia que um dia essa droga iria servir para alguma coisa!), depois de tocar a porcaria toda da musica, minha mulher atende:

- Obrigado por ter aguardado.... pode me dizer seu telefone pois meu bina não identificou..

- 103

- Com quem estou falando, por favor.

- Rosicleide

- Rosicleide de que?

- Rosicleide Cristina (já demonstrando certa irritação na vóz)

- Qual sua identificação na empresa..

- 34591212 (mais irritada ainda!)

- Obrigada pelas suas informações, em que posso ajuda-la?

- Aqui é da TELEFONICA, estamos ligando para oferecer a promoção Linha adicional, onde a Sra. tem direito a uma linha adicional. A senhora está interessada?

- Vou abrir um chamado e em alguns dias entraremos em contato para dar um parecer, pode anotar o protocolo por favor... .alô, alô!

TUTUTUTUTU...

- Desligou.... nossa que moça impaciente!!!

sábado, 25 de março de 2006

Brasileiros Pocotó por Luciano Pires

BRASILEIRO POCOTÓ


Esta semana, fiz um texto indignado que foi ao ar no programa Nova Manhã da rádio Nova Brasil ( 89,7 fm), e que deu o maior reboliço. Foi espalhado pela internet como uma praga, explodiu minha caixa postal, virou motivo de leitura em várias rádios, foi publicado em vários lugares e se transformou numa discussão sobre a mediocridade que assola a tv brasileira. Recebi mais de 300 e-mails. Uns 10 vieram com críticas. A maioria escandalosa, concordando com minha opinião e agradecendo. No embalo, o SBT respondeu minha crítica ao programa do Gugu. E tive que fazer um novo texto. Remeto ambos para vocês, convidando-os a uma reflexão sobre as pessoas e processos que estão fazendo a cabeça dos brasileiros.Bem vindos ao Brasil Pocotó.

ÉGUINHA POCOTÓ

Vou mandando um beijinhoPra filhinha e pra vovó Mas não posso esquecer Da minha égüinha pocotóPocotó pocotó pocotó pocotó Minha égüinha pocotó?

Esse é o grande sucesso da música popular brasileira, que domingo ocupou horas preciosas do horário nobre do programa do Gugu, batendo recordes de audiência. O autor é um tal de MC Serginho...e o ritmo é uma coisa que os do ramo chamam de funk. Enquanto o Serginho recitava a letra, um sujeito efeminado tinha convulsões, que depois descobri ser a tal dança da égüinha pocotó. O nome do sujeito? Lacraia. Meus amigos, neste domingo consagrou-se o mais novo ídolo da música popular brasileira: o Lacraia.
O jumento e o cavalinho Eles nunca andam sóQuando sai pra passearLevam a égua pocotóPocotó pocotó pocotóMinha égüinha pocotó

Enquanto o índice da audiência subia, a atração era mantida no ar. E ànoite, foi orgulhosamente reprisada por um Gugu exultante com a audiência histórica. Neste domingo, milhões de brasileiros assistiram, espero que envergonhados, ao triunfo da mediocridade. Á afirmação de que existe, sim , um processo para mediocrizar o Brasil.
Eu sou pai. E assisto, consciente de minha impotência diante da máquina da TV, minha filha de 12 anos se divertindo, cantando e dançando o pocotó. Por sorte ela não entende as letras paupérrimas, chulas, apelando para o sexo e tratando as mulheres de éguas e cadelas.
Sabe o que mais dói? É que enquanto essas baixarias ocupam horas do horário nobre, os brasileiros que fazem música de qualidade, estão sendo deixados de lado. Vale o que os homens de marketing das gravadoras acham que vai vender. E dá-lhe a dança da garrafa, a dança da cadela, a dança da égüinha.... Nessas horas, tenho vergonha de ser um profissional de marketing.
Imagino que se aparecessem hoje dois jovens, com seus 23 anos, chamados Caetano Veloso e Gilberto Gil, seriam deixados de lado em favor do tal MCSerginho ou outras mediocridades que vendem. E não teríamos o Tropicalismo. Surgisse um Chico Buarque, com seus 20 e poucos anos, não chegaria nem às rádios alternativas.
Porquê alguém está decidindo, com a bunda, o que o brasileiro vai ouvir. E assistir. O resultado é a mediocrização da música popular brasileira. A popularização do lixo. A lavagem cerebral da garotada. Que música estará sendo feita no Brasil daqui a 30 anos, pelos garotos que estão tendo a cabeça feita pela égüinha pocotó?
Eu me senti ofendido. E o consolo de desligar a televisão, não adiantou. Eu sabia que outros milhões de brasileiros estavam naquele momento, assistindo o jumento, o cavalinho e a égüinha pocotó, sem perceber que a TV os chamava de burros.


POCOTÓ II, O RETORNO


Meu texto sobre a nova sensação da MPB a "Éguinha Pocotó", teve uma repercussão gigantesca. Acho que escrevi o que muita gente pensava... Algumas mensagens que recebi, no entanto, defenderam o pocotó. Uma delas, comparou o autor da música, MC Serginho, a Elvis Presley cujo rebolado chocou os moralistas. Imaginei o alvoroço em Memphis, quando daquele luxuoso túmulo ecoaram gritos afinados:- "It's now or never! It's now or never! "Vários me disseram que eu devia desligar a tv e ir para um parque, em vez de ficar reclamando. Como se o "efeito pocotó" fosse um problema de escolha pessoal. É coletiva. E fingir que a tv não existe, não é uma opção. Parece que resolve seu problema, como se o mundo lá fora não existisse. Outro escreveu me chamando de mau (com u mesmo) amado. A esses, explico melhor. O problema NÃO é a dupla MC Serginho e Lacraia. De certa forma, eles são manifestações culturais legítimas de um determinado grupo de pessoas, de uma região do Brasil.O problema é o Gugu e o Faustão SIM, junto com os João Klebers, Serginhos Mallandros e seus diretores, que aproveitam-se dessas porcarias para conseguir audiência, tratando a maravilhosa máquina que tem nas mãos, como um triturador de lixo.
Pela história de luta, por sua origem e pelo sucesso, sempre admirei o SBT. Posso discordar de alguns métodos, mas jamais negar sua importância cultural para o país. Pois eles responderam a meu texto sobre o pocotó no Gugu, com esta carta elegantemente irônica e educada:

"Luciano
Embora "inflamadas" suas opiniões merecem nossa atenção e "democraticamente" as respeitamos.Por outro lado, permita-nos reafirmar o compromisso perene do SBT em criar, produzir e exibir uma programação de qualidade, a qual objetiva cumprir as funções essenciais da televisão, ou seja, informação e entretenimento. Esta, inclusive, pertinente ao assunto em questão, o qual como você bem disse resultou em excelentes índices de audiência que, apenas, ratificaram a empatia do público para com nossa emissora. Permita-nos, ainda, afirmar que nem sempre "ser popular é apelar" e é perfeitamente factível "exibir sensualidade sem conotações de erotismo ou vulgaridade". Reconhecemos, todavia, que a subjetividade é soberana e, conseqüentemente, "o que seria do amarelo se todos gostassem do vermelho? Assinado, SBT"


Produzir e exibir programação de qualidade, pocotó. Informação e entretenimento, pocotó. Empatia do público para com a emissora, pocotó. Sensualidade sem conotações de erotismo, pocotó. A subjetividade é soberana, pocotó.
Vindo de uma máquina capaz de eleger um presidente da república, de mudar o comportamento de milhões de pessoas, de criar moda, de lançar tendências,de gerar modelos de comportamento, a resposta é, no mínimo, assustadora.
Indica que você tem mais é que se conformar em ser um brasileiro pocotó.



Luciano Pires é um profissional de comunicação, jornalista, escritor,conferencista e cartunista, atualmente Diretor de Comunicação Corporativada Dana.

Confira mais... www.brasileirospocoto.com.br

quinta-feira, 23 de março de 2006

SÓ DE SACANAGEM....

No CD da Ana Carolina e Seu Jorge, em uma da últimas faixas, a Ana lê um texo da autoria de Elisa Lucinda, que na minha opinião é excelente, incluindo a música cantatada após o texto... Gostaria de compartilhá-lo com vocês:


SÓ DE SACANAGEM!

Meu coração está aos pulos!

Quantas vezes minha esperança será posta à prova?

Por quantas provas terá ela que passar? Tudo isso que está aí no ar, malas, cuecas que voam entupidas de dinheiro, do meu, do nosso dinheiro que reservamos duramente para educar os meninos mais pobres que nós, para cuidar gratuitamente da saúde deles e dos seus pais, esse dinheiro viaja na bagagem da impunidade e eu não posso mais.

Quantas vezes, meu amigo, meu rapaz, minha confiança vai ser posta à prova?

Quantas vezes minha esperança vai esperar no cais?

É certo que tempos difíceis existem para aperfeiçoar o aprendiz, mas não é certo que a mentira dos maus brasileiros venha quebrar no nosso nariz.

Meu coração está no escuro, a luz é simples, regada ao conselho simples de meu pai, minha mãe, minha avó e os justos que os precederam: "Não roubarás", "Devolva o lápis do coleguinha", "Esse apontador não é seu, minha filha". Ao invés disso, tanta coisa nojenta e torpe tenho tido que escutar.

Até habeas corpus preventivo, coisa da qual nunca tinha visto falar e sobre a qual minha pobre lógica ainda insiste: esse é o tipo de benefício que só ao culpado interessará. Pois bem, se mexeram comigo, com a velha e fiel fé do meu povo sofrido, então agora eu vou sacanear: mais honesta ainda vou ficar.

Só de sacanagem! Dirão: "Deixa de ser boba, desde Cabral que aqui todo mundo rouba" e vou dizer: "Não importa, será esse o meu carnaval, vou confiar mais e outra vez. Eu, meu irmão, meu filho e meus amigos, vamos pagar limpo a quem a gente deve e receber limpo do nosso freguês. Com o tempo a gente consegue ser livre, ético e o escambau."

Dirão: "É inútil, todo o mundo aqui é corrupto, desde o primeiro homem que veio de Portugal". Eu direi: Não admito, minha esperança é imortal. Eu repito, ouviram? Imortal! Sei que não dá para mudar o começo mas, se a gente quiser, vai dar para mudar o final!

sexta-feira, 17 de março de 2006

MILAGRE

MILAGRE

Como qualquer mãe, quando Karen soube que um bebê estava a caminho, fez todo o possível para ajudar o seu outro filho, Michael, com três anos de idade, a se preparar para a chegada. Os exames mostraram que era uma menina, e todos os dias Michael cantava perto da barriga de sua mãe. Ele já amava a sua irmãzinha antes mesmo dela nascer. A gravidez se desenvolveu normalmente.
No tempo certo, vieram as contrações. Primeiro, a cada cinco minutos; depois a cada três; então, a cada minuto uma contração. Entretanto, surgiram algumas complicações e o trabalho de parto de Karen demorou horas. Todos discutiam a necessidade provável de uma cesariana.
Até que, enfim, depois de muito tempo, a irmãzinha de Michael nasceu. Só que ela estava muito mal. Com a sirene no último volume, a ambulância levou a recém-nascida para a UTI neonatal do Hospital Saint Mary.
Os dias passaram. A menininha piorava. O médico disse aos pais: "Preparem-se para o pior. Há poucas esperanças". Karen e seu marido começaram, então, os preparativos para o funeral.
Alguns dias atrás estavam arrumando o quarto para esperar pelo novo bebê. Hoje, os planos eram outros. Enquanto isso, Michael todos os dias pedia aos pais que o levassem para conhecer a sua irmãzinha. "Eu quero cantar pra ela", ele dizia.
A segunda semana de UTI entrou e esperava-se que o bebê não sobrevivesse até o final dela.
Michael continuava insistindo com seus pais para que o deixassem cantar para sua irmã, mas crianças não eram permitidas na UTI. Entretanto, Karen decidiu. Ela levaria Michael ao hospital de qualquer jeito. Ele ainda não tinha visto a irmã e, se não fosse hoje, talvez não a visse viva.
Ela vestiu Michael com uma roupa um pouco maior, para disfarçar a idade, e rumou para o hospital.A enfermeira não permitiu que ele entrasse e exigiu que ela o retirasse dali. Mas Karen insistiu: "Ele não irá embora até que veja a sua irmãzinha!" Ela levou Michael até a incubadora. Ele olhou para aquela trouxinha de gente que perdia a batalha pela vida. Depois de alguns segundos olhando, ele começou a cantar, com sua voz pequenininha: "Você é o meu sol, o meu único sol. Você me deixa feliz mesmo quando o céu está escuro..." Nesse momento, o bebê pareceu reagir.
A pulsação começou a baixar e se estabilizou. Karen encorajou Michael a continuar cantando. "Você não sabe, querida, quanto eu te amo. Por favor, não leve o meu sol embora... Enquanto Michael cantava, a respiração difícil do bebê foi se tornando suave. "Continue, querido!", pediu Karen, emocionada.
"Outra noite, querida, eu sonhei que você estava em meus braços..." O bebê começou a relaxar. "Cante mais um pouco, Michael." A enfermeira começou a chorar. "Você é o meu sol, o meu único sol. Você me deixa feliz mesmo quando o céu está escuro... Por favor, não leve o meu sol embora..."No dia seguinte, a irmã de Michael já tinha se recuperado e em poucos dias foi para casa.
O Woman's Day Magazine chamou essa história de "O milagre da canção de um irmão". Os médicos chamaram simplesmente de milagre.
Karen chamou de milagre do amor de Deus.




Dar ou não esmolas?!

“Nada mais familiar aos brasileiros do que as esquinas cheias de gente pedindo
esmolas. Entre os pedintes há os que se apresentam em cadeiras de rodas ou
muletas. Há os velhos, os barbudos, os bêbados e as mulheres com bebês no colo.
Há as crianças, sobretudo, muitas crianças. De uns tempos para cá elas se
especializaram em fazer malabarismos a frente dos carros. Algumas são realmente competentes na arte de manter no ar três, quatro ou cinco bolinhas. Demonstram
que tiveram sagacidade e persistência para aprender, o que pode ser sinal de
talento também para outras coisas na vida. Outras vão mal, constrangedoramente mal. Fazem papel de pequenos palhaços involuntários no
show das esquinas. Todos têm em comum os andrajos com que se vestem e a fuligem da pobreza que lhes cola à pele, sinais do desvio social em que estão metidos.” – Roberto Pompeu de Toledo. Veja, 12 de fevereiro de 2003.

Recebi um e-mail alguns dias atrás, que me fez pensar na grande diferença entre as pessoas que vivem na rua e as pessoas que vivem da rua!

Não sei se você sabe, mas algumas pessoas tem se aproveitado do bom coração e da vontade de ajudar, características do povo brasileiro, pra levar alguma vantagem!!!Quando uma pessoa lhe pede dinheiro na rua , você dá?! Muitos dirão que não, mas de vez em quando, a situação nos corta o coração e acabamos ajudando... O pior é saber que alguns tem feito da necessidade, profissão!
Hoje existem Mendigos Profissionais! Digo isso de pessoas que tem casa, carro, mas se vestem de mendigos e vão as ruas para esmolar! Acha essa idéia absurda? De início eu também achei... mas continue lendo e faça algumas contas comigo:
Você trabalha de 6 à 8 horas diárias ou se for da área da saúde como eu, ou de alguma outra área trabalha 12x36h... o que no final das contas é a mesma coisa que 6 horas todos os dias...
Digamos que um mendigo fique pedindo em um sinal de trânsito por 6h, a cada 30 segundos o sinal abre e fecha. Em 5 horas o sinal terá aberto e fechado 300 vezes (1 hora de almoço!). Se este mendigo receber R$ 0,10 de 2 carros em cada fase do sinal fechado (R$0,20), no fim do dia terá recebido R$ 30,00. Até parece pouco, mas agora multiplique isso por 25 dias trabalhados (tirando-se domingos e feriados...), totaliza-se R$ 750,00.
Então vamos lembrar das vezes que ajudamos estas pessoas... por acaso você só deu dez centavos? Creio que não... Normalmente ajudamos com R$0,50 ou R$ 1,00, né?! Se esta mesma pessoa receber R$1,00 a cada fase de sinal, no fim de 1 mês, terá recebido R$ 7.500 (sete mil e quinhentos reais!).
Dar dinheiro não é a forma de ajudar alguém... Dê comida ou trabalho! Se você não tem uma empresa ou algo de gênero, pense que pode contratar alguém pra lavar e passar roupa, limpar o quintal, cortar a grama, etc. Quem realmente precisa do dinheiro vai topar trabalhar por ele, assim como nós o fazemos!
Só pra pensar....

Bem Vindo a Direita

Primeiramente quero dizer que não sou direitista nem esquerdista... também não quer dizer que estou em cima do muro, simplesmente achei este texto bem honesto e realista! Existem muitas desigualdades em nosso País, mas não posso concordar com assassinos infiltrados no meio de trabalhadores sem terra, que matam e destroem plantações! Não posso concordar com mulheres que engravidam de 5 homens diferentes pra viverem das pensões de seus filhos... Não me conformo em ver pessoas que receberam sua casa própria através de planos habitacionais, às alugam e continuam morando na favela, como uma TV 29 polegadas na sala + DVD, video games de última geração e o escambal !
Não me sinto bem com a diferença social e nem em ver a situação difícil das pessoas, mas sei que tem muitos que se APROVEITA DA BOA FÉ DOS OUTROS, desde grandes multinacionais como o Mc Donalds, até alguns que se entitulam sem terra, sem teto, etc...
Digo o Mc Donalds, pois não concordo com a campanha pra ajudar as crianças com câncer, que na verdade é uma fórmula de marketing pra ganhar mais dinheiro... (não sei se você sabia, mas ao pedir um Mc Lanche Feliz, o dinheiro vai para as crianças com câncer, mas ao pedir um número X - que vem esse tal lanche + refrigerante e batata, o dinheiro vai para o bolso do Ronald Mc Donalds!!! Pra você doar o dinheiro para as crianças é necessário pedir o sanduíche, refrigerante e batata em separado, o que será alguns reais mais caro pra você, e somente o valor do sanduíche será repassado para a fundação que cuida das crianças com câncer... ) revoltante, não!?

Enfim... lutemos contra a desigualdade social, mas não nos conformemos com os apreveitadores da boa fé alheia!!!

"Essa parábola muito bem humorada é uma
crítica inteligente aos intelectuais de esquerda, que adoram cultivar os ideais
utópicos de uma sociedade sem desigualdades, pondo abaixo a meritocracia e
desconsiderando as diferenças inerentes aos seres humanos:

Uma universitária cursava o sexto semestre da Faculdade. Como é comum no meio
universitário, pensava que era de esquerda e estava a favor da distribuição da
riqueza. Tinha vergonha do fato de seu pai ser de direita e, portanto, contrário
aos programas e projetos socialistas que previam dar benefícios aos que não
mereciam e impostos mais altos aos que tinham mais dinheiro. A maioria dos seus
professores tinha afirmado que a filosofia de seu pai era equivocada.Por tudo
isso, um dia, decidiu enfrentar o pai. Falou com ele sobre o materialismo
histórico e a dialética de Marx, procurando mostrar-lhe que estava errado ao
defender um sistema tão injusto como o da direita.
No meio da conversa o pai
perguntou:
- Como vão as aulas?
- Vão bem, pai.
- E como vão as suas
notas?
- Estão indo bem. A média das minhas notas é 9, mas me dá muito
trabalho consegui-las. Não tenho vida social, durmo pouco, mas vou em frente.- E
a tua amiga Sônia, como vai?- Ih, essa vai muito mal. A média dela é 3,
principalmente, porque passa os dias em shoppings e em festas. Pouco estuda e
algumas vezes nem sequer vai às aulas. Com certeza, repetirá o semestre.O pai,
olhando nos olhos da filha, aconselhou: - Que tal se você sugerisse aos
professores ou ao coordenador do curso para que sejam transferidos 3 pontos das
suas notas para as da Sônia. Com isso, vocês duas teriam a mesma média. Não
seria um bom resultado para você, mas convenhamos, seria uma boa e democrática
distribuição de notas para permitir a futura aprovação de vocês duas.Ela
indignada retrucou:- Por quê?! Eu estudei muito para conseguir as notas que
tive, enquanto a Sônia buscava o lado fácil da vida. Não acho justo que todo o
trabalho que tive seja, simplesmente, dado a outra pessoa.Seu pai, então, a
abraçou, carinhosamente, dizendo:- Bem-vinda à direita!!!!"